Se, de alguma forma, o material procura transmitir parte da experiência dos mineiros isolados na caverna, parece justo afirmar que, nesse movimento, a obra também arquiteta um conteúdo capaz de fazer a própria plateia perceber o lugar dos criativos e das criativas, necessitando dar conta da experiência de criação de uma obra cujos vetores se mostram escuros, quase invisíveis (…)
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CategoryDIGRESSÕES
Como vai ser ver o mar de novo, pela primeira vez? Mergulhar no mar, não nesta piscina de pedra, mas no mar que parece que não acaba mais? Como vai ser ver o céu estrelado à noite outra vez, pela primeira vez? Como vai ser acordar pela primeira vez fora do buraco? Vamos sentir alívio, pavor, tristeza, prazer, angústia, paz? Fazer sexo de novo pela primeira vez? (…)
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Este longo e árduo percurso começou há 15 anos, quando um grupo de brasileiros se juntou a um grupo de portugueses para criar três espetáculos em três semanas, num verão particularmente quente de Lisboa. Quando chegámos, fechámo-nos todos numa pequena sala de ensaios, olhámos uns para os outros e perguntámos: “E agora?” (…)
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A performance tem viajado por lugares tão diferentes como Amiens em França, Medellín na Colômbia, Kortrijk na Bélgica, Berlin na Alemanha, Punta Arenas na Patagónia Chilena e Vila do Conde, uma pequena vila piscatória no norte de Portugal. Agora, esta enorme tapeçaria sonora que atravessa geografias, chega finalmente ao Rio de Janeiro (…)
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Em BOLA DE FOGO, o artista Fábio Osório Monteiro aborda temas como ancestralidade, afetividade e questões ligadas ao corpo negro, enquanto prepara a massa do acarajé, frita o bolinho e o compartilha, perpetuando um ofício ancestral. Devidamente trajado de baiana, Fábio Osório monta o tabuleiro, bate a massa, frita os bolinhos, enquanto desenvolve uma narrativa que atravessa os mitos e itãs de matrizes africanas (…)
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“Si un personaje puede cambiar la experiencia, ese es la ciudad: porque en el espacio público nunca sabés lo que va a suceder. Hay trabajos en la calle, que cambia todos los días; está el tiempo, que cambia; la luz es distinta. Es como un organismo vivo, que está en constante mutación”, observa la directora portuguesa Paula Diogo, que trae hasta la puerta de la sala Verdi este tapiz sonoro (…)
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Durante um ano, Paula Diogo esteve em Reiquiavique a desenvolver um projeto que combinava narrativas pessoais e coletivas. O seu processo baseava-se em duas acções simples: caminhar e escrever. Este espetáculo transborda do espaço do teatro, ocupando a geografia urbana da cidade e o espaço virtual de discussão e pensamento. É uma vasta tapeçaria sonora que atravessa geografias, colocando-as em diálogo com cada nova cidade que alcança. (…)
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Cielos del Infinito, o festival de artes mais austral do mundo, realiza-se simultaneamente nos municípios de Puerto Williams, Porvenir, Puerto Eden, Puerto Natales, San Gregorio, Cerro Castillo, Cerro Sombrero e Punta Arenas, gerando experiências significativas que promovem o encontro, o pensamento crítico e reflexivo através da exibição de Teatro, Circo, Dança, Arte Urbana e Audiovisual. (…)
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Kondenz convida o público a refletir e a apreciar o trabalho de artistas locais e internacionais provenientes de diferentes continentes e ambientes fortemente influenciados pelas consequências do passado imperialista e colonial e que se interrogam sobre as formas de neocolonialismo que moldam as sociedades em que vivemos hoje. (…)
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Terra Nullius é um trabalho criado m 2019 entre Reykjavik e Lisboa. Em 2020, antes da estreia, andávamos a imaginar um tsunami que varria uma praça no centro de Lisboa, transformando tudo em água. Entretanto o tsunami chegou mesmo, sob a forma de uma doença que nos obrigou a ficar fechados nas nossas casas, deixando a cidade completamente vazia e tornando o invisível do dia-a-dia mais visível que nunca. (…)
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